A juventude está em crise?

No programa, de ontem, Prós e Contras foi discutido o "estado geral" da juventude. Os temas discutidos passaram pelo marasmo, falta de participação cívica e política, as relações amorosas e familiares, emprego e habitação. O debate decorreu em tom morno, e chamar-lhe debate pressupõe a utilização de um eufemismo. A falta de participação, e de iniciativa desta, nos jovens presentes foi assustadora, principalmente quando ao longo de todo o programa Fátima Campos Ferreira assumiu o papel de provocadora tal como os convidados presentes, à excepção de Samuel Mira, e do outro lado pouco ou nada se ouvia. Resultado visível deste tímido comportamento, ou falta de ideias para o contraditório em relação ao que ia acontecendo, aconteceu na participação dos elementos pertencentes às juventudes partidárias. Retirando a participação do elemento do CDS/PP, curiosamente o partido mais "abatido" neste momento, os outros deixaram muito a desejar em matéria de discurso utilizado, deitando fora uma oportunidade de esgrimirem ideias e de trazerem mais jovens para a política. Não souberam nunca aproveitar o tempo de antena concedido e cedo vacilavam às interpelações pertinentes, de Fátima Campos Ferreira.
Foi assim que se assistiu a um debate que merecia ter tido outros contornos, pois a temperatura que este atingiu foi a suficiente para adormecer os espíritos presentes e dar razão aqueles que defendem que a sociedade de hoje se encontra mais complexa, é um facto, e por isso mais dividida, contaminando assim as causas que os jovens são acusados de não ter. A teoria da existência de mais causas tenho-a para mim como válida, agora que a desertificação de ideias nos jovens e a sua abstenção da reflexão em relação aos tempos que correm é assustadoramente real, disso não duvido. Como ontem foi dito, valha-nos a Internet, local de participação cívica gratuito, que para ser perfeito poderia trazer as reflexões aí contidas para o espaço público real e deixar o virtual por momentos, pois aí as reflexões desde o seu início estão cristalizadas e ainda não estilhaçam ideias como a televisão.
Foi assim que se assistiu a um debate que merecia ter tido outros contornos, pois a temperatura que este atingiu foi a suficiente para adormecer os espíritos presentes e dar razão aqueles que defendem que a sociedade de hoje se encontra mais complexa, é um facto, e por isso mais dividida, contaminando assim as causas que os jovens são acusados de não ter. A teoria da existência de mais causas tenho-a para mim como válida, agora que a desertificação de ideias nos jovens e a sua abstenção da reflexão em relação aos tempos que correm é assustadoramente real, disso não duvido. Como ontem foi dito, valha-nos a Internet, local de participação cívica gratuito, que para ser perfeito poderia trazer as reflexões aí contidas para o espaço público real e deixar o virtual por momentos, pois aí as reflexões desde o seu início estão cristalizadas e ainda não estilhaçam ideias como a televisão.
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