O vazio do herói

Flags Of Our Fathers é o mais recente filme de Clint Eastwood, em estreia no nosso país. E que estreia esta. O filme trata o desembarque das tropas norte-americanas na ilha de Iwo Jima, no Pacífico, ocupada por japoneses em 1945. Retrata em profundidade aquilo que esteve para lá de uma das mais emblemáticas fotografias da história da humanidade, que não só ajudou a mudar todo o panorama americano à data, como se tornou num dos maiores embustes de sempre.
E quem melhor que Eastwood para filmar de forma crua, fria e sanguinária este episódio que marcou o mundo? A trama gira em volta dos soldados fotografados e de um narrador, filho de um destes, que só após a sua morte toma conhecimento de que o seu pai tinha sido um dos protagonistas da maior aberração que a humanidade criou, o herói.
Neste filme de grande humanismo, o conceito de herói é destruído com um valente "punch" no espectador, e que bem que o "velho" Eastwood " o sabe fazer. Aos poucos e em jeito de catarse, aquele universo distante é, de repente, o nosso. E nele sentimos-nos mal, angustiados e completamente encurralados pelas imagens que se sucedem; pela guerra, pelas famílias dos soldados, pelo silêncio.
O desembarque contem algumas das cenas de guerra mais bem filmadas que o cinema já viu, as interpretações são boas, especialmente na transmissão do vazio existente em cada um destes soldados, ou direi mesmo fantasmas habitados por fantasmas ainda maiores que estes.
Completamente obrigatório até final, uma vez que aí passam fotografias tiradas no desembarque e uma imagem actual do monte de Iwo Jima.
Tenho pena que numa sala lotada apenas três pessoas o tenham visto. De resto, estas fotografias são apenas aquilo que de maior valor real, documental e histórico tem o filme, tendo certamente todo o cenário e guarda roupa sido inspirado nelas. Acontece sempre o mesmo em outros filmes, ainda a luz não acendeu e já se sente a agitação do público, a pressa em sair da sala, mas porquê?
E quem melhor que Eastwood para filmar de forma crua, fria e sanguinária este episódio que marcou o mundo? A trama gira em volta dos soldados fotografados e de um narrador, filho de um destes, que só após a sua morte toma conhecimento de que o seu pai tinha sido um dos protagonistas da maior aberração que a humanidade criou, o herói.
Neste filme de grande humanismo, o conceito de herói é destruído com um valente "punch" no espectador, e que bem que o "velho" Eastwood " o sabe fazer. Aos poucos e em jeito de catarse, aquele universo distante é, de repente, o nosso. E nele sentimos-nos mal, angustiados e completamente encurralados pelas imagens que se sucedem; pela guerra, pelas famílias dos soldados, pelo silêncio.
O desembarque contem algumas das cenas de guerra mais bem filmadas que o cinema já viu, as interpretações são boas, especialmente na transmissão do vazio existente em cada um destes soldados, ou direi mesmo fantasmas habitados por fantasmas ainda maiores que estes.
Completamente obrigatório até final, uma vez que aí passam fotografias tiradas no desembarque e uma imagem actual do monte de Iwo Jima.
Tenho pena que numa sala lotada apenas três pessoas o tenham visto. De resto, estas fotografias são apenas aquilo que de maior valor real, documental e histórico tem o filme, tendo certamente todo o cenário e guarda roupa sido inspirado nelas. Acontece sempre o mesmo em outros filmes, ainda a luz não acendeu e já se sente a agitação do público, a pressa em sair da sala, mas porquê?
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home