quinta-feira, janeiro 18, 2007

Um castelo de cartas


Aquilo que foi uma manifestação contra o eventual polvo que é o futebol português, por parte de Carolina Salgado e as revelações feitas em livro de sua co-autoria podem vir a dar em nada. A velha máxima da montanha pariu um rato começa agora a ganhar contornos que me parecem mais coniventes com o passado dessa senhora, que ao que se tem vindo aos poucos a apurar não parece distante deste presente, fala-se muito e prova-se pouco. Alguém disse que Carolina pisou um formigueiro, expressão feliz e com a qual concordo em pleno. Todo o processo apito dourado é complexo, desde logo pelas pessoas nele envolvidas, depois por se tratar de futebol e este ter tratamento desigual em relação a outras áreas na sociedade, de seguida devido à esperança depositada numa senhora de passado obscuro para acusar toda esta gente que já por aqui há largos anos, por último a nomeação de Maria José Morgado como a grande Justice ira em Portugal. É aqui que as coisas começam a ficar turvas pois existe a possibilidade de confundir a justiça com pessoas, o que se acontecer é bastante prejudicial para o estado, já descredibilizado, da justiça portuguesa. A grande questão deste processo é ver até onde a justiça consegue chegar com o intuito de, em sede própria, poder provar todas as acusações que foram lançadas e não deixar que a justiça caia na lama e consequentemente atribuir um poder real aqueles que , outro hora, o detinham de forma simbólica.