Um partido sem rumo

O CDS/PP é já há algum tempo um partido sem rumo. Desde a inclusão na sua nomenclatura do PP (partido popular) assim o ficou mas com aquilo que de pior tem o significado da palavra popular, passando esta agora a ser um eufemismo. A demissão de Nuno Melo da liderança da bancada parlamentar já se esperava há algum tempo e não foi novidade nenhuma vê-lo ontem a atacar o líder do seu partido. Melo, agora sem responsabilidades, demite-se mas não aponta um caminho, não diz se se recandidata, não diz se quer Paulo Portas, Pires de Lima ou mesmo Telmo Correia na liderança, apenas lança impropérios a Ribeiro e Castro, que diga-se, estoicamente vai aguentando esta situação. Em vésperas de referendo, aquilo que de melhor podia acontecer aos apoiantes do SIM e ver o principal partido apoiante do NÃO a continuar de fora das ideias discutidas e passando para a opinião pública a imagem de uma partido que internamente está a saque e dessa forma longe de defender qualquer causa. O resultado destes acontecimentos revelam que o principal culpado do estado a que chegou o CDS/PP talvez seja Manuel Monteiro que agora nada faz a não ser aparecer em alguns canais de televisão revoltado contra a política existente, mas esquecendo-se que ele foi um dos princípais protagonistas, pelos piores motivos, do estado a que chegou um partido outro hora importante no pós 25 de Abril.