Blood Diamond
"Diamante de Sangue" é um filme passado nos anos 90 em África e tem como tema central a guerra civil vivida na Serra Leoa e uma inusitada procura de uma enorme diamante que pode ser a porta de saída daquele enfermo local para Danny Archer ( Dicaprio) e Solomon Vandy (Djimon Hounsou). O primeiro é um contrabandista de pedras preciosas que vê aqui uma oportunidade única de poder deixar aquele negócio, o segundo é aquele que sabe onde está o diamante mas tem como única preocupação voltar a juntar a sua família. São duas interpretações notáveis destes dois actores, ambas nomeadas para Óscar. Quanto ao filme, tem todos os condimentos que poderiam fazer de si um grande clássico; boa fotografia, cenas dramáticas e que ajudam de alguma forma a perceber o drama que atingiu a Serra Leoa naquele período da sua história, excelentes interpretações. Mas, e aqui este mas deita tudo a perder, o realizador deixou-se levar pelo lado mais romântico da narrativa e foi pondo de lado aquilo que é o melhor do filme, ou seja, o retrato fiel de um país em colapso e a luta desesperada pela sobrevivência. Esta luta, que comporta tudo aquilo que "enche" o espectador, é trocada pela persiguição sem fim ao "diamante", que assim leva a história para caminhos mais seguros deixando o espectador dividido e, em minha opinião, com a ideia de existirem duas partes distintas do filme: a primeira que termina no acampamento onde Archer e Solomon decidem ir para o mato buscar o diamante, a segunda que começa nesse momento e vai até ao desnecessário "happy end".
Contudo é um filme a ver, principalmente para os detractores de DiCaprio, que uma vez mais dá provas de ser um dos maiores da sua geração e fazendo já sombra a muitos outros que ainda andam por aí a enganar o espectador mais desatento, e, já agora, pela fotografia estar a cabo do português Eduardo Serra.
Contudo é um filme a ver, principalmente para os detractores de DiCaprio, que uma vez mais dá provas de ser um dos maiores da sua geração e fazendo já sombra a muitos outros que ainda andam por aí a enganar o espectador mais desatento, e, já agora, pela fotografia estar a cabo do português Eduardo Serra.
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Thanks for writing this.
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