A "queda" de Sócrates
Serve o título deste post para dar ênfase ao pequeno acidente sofrido por José Sócrates, enquanto esquiava, na Suíça.
É chegada a altura de reflectir sobre o comportamento que José Sócrates tem mantido, primeiro, em relação ao mandato que cumpre e, segundo, em relação às presidenciais que se aproximam.
Neste sentido corroboro com as palavras de Mário Bettencourt Resendes, que podem ser lidas aqui.
O primeiro-ministro tem-se destacado pela serenidade na forma como aborda qualquer tema em que é chamado a intervir, e essas actuações têm sido vistas não só pela população como também pelos media de forma bastante agradável. Isto resulta numa "boa imprensa" por parte dos meios de comunicação social e feedback positivo por parte da maioria do eleitorado.
Não podemos deixar de relacionar estes factos com a política praticada pelo actual governo, que mesmo adoptando medidas "impopulares", de efeito social previsível e verificável nos protestos vindos, por vezes, de classes que gozam de um desajustado número de regalias, não sejam mesmo assim indicadores de mudança e até de algum sentido, diria mesmo, pedagógico de actuação governamental. A "crise" anda uma vez mais na boca de toda a gente e a grande maioria interpreta já o ano de 2006 como um período de dificuldades acrescidas.
Parece-me positiva a abordagem que José Sócrates tem feito à realidade do país, bastante pragmática, o que lhe confere uma substancial credibilidade e lhe faz aumentar a confiança, de outro modo visível, por exemplo, na forma como apresentou na Assembleia da República os resultados do acordo de Bruxelas.
Em relação às presidenciais, Sócrates tem mantido um próximo e cauteloso acompanhamento das mesmas, evitando dar resposta as mensagens enviadas por Cavaco Silva que aludem a uma concertação entre este e o governo, caso vença as eleições. Em simultâneo, não descura a necessidade primeira de Mário Soares obter um bom resultado, pois é possível imaginar quais serão as repercussões a nível interno do partido se Manuel Alegre superar Soares nas urnas.
É assim interessante pensar como Sócrates vai lidar com o futuro episódio, que tão grande importância tem para o país e para a vida política dos envolvidos. Para já deseja-se a rápida recuperação da queda que sofreu.
É chegada a altura de reflectir sobre o comportamento que José Sócrates tem mantido, primeiro, em relação ao mandato que cumpre e, segundo, em relação às presidenciais que se aproximam.
Neste sentido corroboro com as palavras de Mário Bettencourt Resendes, que podem ser lidas aqui.
O primeiro-ministro tem-se destacado pela serenidade na forma como aborda qualquer tema em que é chamado a intervir, e essas actuações têm sido vistas não só pela população como também pelos media de forma bastante agradável. Isto resulta numa "boa imprensa" por parte dos meios de comunicação social e feedback positivo por parte da maioria do eleitorado.
Não podemos deixar de relacionar estes factos com a política praticada pelo actual governo, que mesmo adoptando medidas "impopulares", de efeito social previsível e verificável nos protestos vindos, por vezes, de classes que gozam de um desajustado número de regalias, não sejam mesmo assim indicadores de mudança e até de algum sentido, diria mesmo, pedagógico de actuação governamental. A "crise" anda uma vez mais na boca de toda a gente e a grande maioria interpreta já o ano de 2006 como um período de dificuldades acrescidas.
Parece-me positiva a abordagem que José Sócrates tem feito à realidade do país, bastante pragmática, o que lhe confere uma substancial credibilidade e lhe faz aumentar a confiança, de outro modo visível, por exemplo, na forma como apresentou na Assembleia da República os resultados do acordo de Bruxelas.
Em relação às presidenciais, Sócrates tem mantido um próximo e cauteloso acompanhamento das mesmas, evitando dar resposta as mensagens enviadas por Cavaco Silva que aludem a uma concertação entre este e o governo, caso vença as eleições. Em simultâneo, não descura a necessidade primeira de Mário Soares obter um bom resultado, pois é possível imaginar quais serão as repercussões a nível interno do partido se Manuel Alegre superar Soares nas urnas.
É assim interessante pensar como Sócrates vai lidar com o futuro episódio, que tão grande importância tem para o país e para a vida política dos envolvidos. Para já deseja-se a rápida recuperação da queda que sofreu.