Fateless - Sem destino

Fateless - Sem destino, é o título do filme realizado por Lajos Koltai, baseado na obra do Nobel Imre Kertesz e que nos trás uma visão de um acontecimento verídico sobre o Holocausto.
A história é centrada na personagem de um jovem húngaro de 14 anos, Gyuri Koves, que após se ter despedido do seu pai, por este ter sido chamado para a realização de trabalhos forçados, vê-se subitamente no seio de tantos outros semelhantes a caminho dos campos de terror nazis. A partir daqui dá-se então inicio à narrativa, que numa espécie de morte lenta se arrasta e nos conduz aquilo que a condição humana poderá ter de pior - a dúvida da sua própria continuidade.
Todo este silencioso cenário de quase não cor é proporcionado pela excelente fotografia, com destaque para os close-up, e pela profissional banda sonora, a cargo do conceituado Ennio Morricone. A dúvida que nos assalta é sempre a mesma em relação a filmes que retratem este acontecimento tão tristemente importante do sec xx - não será mais um?
Não o é de facto, isto porque aquilo que de mais cliché preenche as telas de cinema e as nossas imaginações, as cenas passadas nomeadamente dentro dos campos de concentração, desta feita são filmadas para que seja o espectador a conduzi-las, o que não sendo novidade, sempre transporta o espectador para outras dimensões da cena. Desta forma de filmar de "mão beijada" resta apenas analisar o seguinte facto: mesmo com a possibilidade dada ao espectador de poder ser ele o "castigador" ou o "benevolente" em certas ocasiões, não estará já este contaminado por todo um inesgotável baú de memórias que derivam directamente da brutalidade dos retratos já conhecidos? E não existirá uma necessidade dos realizadores fugirem a essas cenas brutais, talvez por excesso das mesmas, na tentativa de suavizar aquilo que nunca pode ser retratado de outra forma?
Fica a sugestão para a elegante verdade que nos trás este Fateless - Sem destino,
A história é centrada na personagem de um jovem húngaro de 14 anos, Gyuri Koves, que após se ter despedido do seu pai, por este ter sido chamado para a realização de trabalhos forçados, vê-se subitamente no seio de tantos outros semelhantes a caminho dos campos de terror nazis. A partir daqui dá-se então inicio à narrativa, que numa espécie de morte lenta se arrasta e nos conduz aquilo que a condição humana poderá ter de pior - a dúvida da sua própria continuidade.
Todo este silencioso cenário de quase não cor é proporcionado pela excelente fotografia, com destaque para os close-up, e pela profissional banda sonora, a cargo do conceituado Ennio Morricone. A dúvida que nos assalta é sempre a mesma em relação a filmes que retratem este acontecimento tão tristemente importante do sec xx - não será mais um?
Não o é de facto, isto porque aquilo que de mais cliché preenche as telas de cinema e as nossas imaginações, as cenas passadas nomeadamente dentro dos campos de concentração, desta feita são filmadas para que seja o espectador a conduzi-las, o que não sendo novidade, sempre transporta o espectador para outras dimensões da cena. Desta forma de filmar de "mão beijada" resta apenas analisar o seguinte facto: mesmo com a possibilidade dada ao espectador de poder ser ele o "castigador" ou o "benevolente" em certas ocasiões, não estará já este contaminado por todo um inesgotável baú de memórias que derivam directamente da brutalidade dos retratos já conhecidos? E não existirá uma necessidade dos realizadores fugirem a essas cenas brutais, talvez por excesso das mesmas, na tentativa de suavizar aquilo que nunca pode ser retratado de outra forma?
Fica a sugestão para a elegante verdade que nos trás este Fateless - Sem destino,